segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Estrabismo infantil

Outro dia, minha pequenininha olhou para mim de longe e percebi que seu olhinho esquerdo divergiu do direito ao focar meu rosto. Estranhei, mas pensei em observar melhor depois. Dias depois aconteceu novamente. Contei para meu marido a preocupação, mas ele logo me tranquilizou achando que isso era coisa de criança pequena mesmo e tal. Na mesma semana, a professora também notou e, aí, já era caso de consultar um oftalmologista.

Até chegar o dia da consulta, a preocupação foi aumentando, também pudera, com tantas informações que encontramos na internet, às quais não conseguimos resistir em pesquisar, não é para menos. Mas o diagnóstico foi o seguinte: O caso de Isabela é um estrabismo intermitente, ou seja, não constante, e divergente; muito provavelmente ocasionado por uma deficiência muscular. Eu, claro, não entendia nada do assunto, mas aprendi um bocadinho com a médica e, claro, com a internet.

Tipos de estrabismo:


imagem: www.saudebemestar.pt

O estrabismo se trata de um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os olhos não fixem um ponto ao mesmo tempo. As causas são diversas e os sintomas podem ser permanentes ou intermitentes.

No estrabismo convergente, um olho fixa objeto e o outro desvia para dentro; no divergente, um olho fixa o ponto e o outro desvia para fora; e ainda tem o estrabismo vertical, quando o paciente vê os objetos um em cima do outro. Além desses, pode-se classificar também o estrabismo em paralítico (tipo adquirido), acomodativo (com pico de incidência por volta dos 3 anos de idade, normalmente corrigido junto com a hipermetropia) e o intermitente (é o caso de Bebela, os olhos são alinhados, mas por vezes desalinham devido à instabilidade muscular, desencadeada por vários fatores, como a estimulação solar ou alterações emocionais).

Diz-se que o estrabismo é infantil quando ele aparece em bebês após os seis meses de vida, com a perda de paralelismo entre os dois olhos. Antes dessa idade é comum o desvio, já que os músculos oculares não se desenvolveram completamente. Em alguns casos o estrabismo pode ser causado pela miopia ou hipermetropia. Tem tratamento, assim como qualquer outro e, na maioria dos casos, tem cura, especialmente se diagnosticado até os sete anos de idade.


Tratamento:


Em todos os artigos que li, fala-se da importância de começar o tratamento o mais rápido possível, para se evitar sequelas. A primeira medida no tratamento do estrabismo em crianças, geralmente, é a prescrição de óculos. Outros tratamentos são uso de tampão no olho com boa visão para estimular o olho mais fraco e cirurgia nos músculos extra oculares - indicada quando não se consegue corrigir com óculos ou tampão.


Bom, para minha pequenininha foram prescritos óculos. Minha preocupação era que, com apenas 2 anos, ela não quisesse mantê-los no rosto (o tratamento pede que use o maior tempo possível). Para minha surpresa, ao experimentar na ótica, ela não quis tirar do rosto de jeito nenhum, até chorou - espero que não seja fogo de palha. Acredito que o fato de o irmão já estar usando, por conta da miopia (esse já é assunto para outro post), tenha ajudado um pouco. Após 2 meses de uso, retornaremos à oftalmo para ver se houve alguma evolução.

Mas olha se ela não ficou linda com o modelinho que ela própria escolheu:



Um beijo, amores!
Adri.



Fontes de consulta:

www.saudebemestar.pt
www.holhospaulista.com.br